Principais
características:
- Também conhecida como cantiga de refrão ou cantiga paralelítica
- O eu lírico é masculino
- Amor cortês
- Idealização da mulher
- Vassalagem amorosa
- Expressão da coita de amor
- Origem provençal
A
cantiga de amor pode ser chamada de cantiga de refrão ou paralelítica, uma vez
que a mesma ideia é repetida em cada estrofe, podendo comportar acréscimos
substanciais que são irrelevantes.
O
amor cortês é identificado pela idealização da mulher amada, colocando-a em uma
posição superior, em um plano divino. É importante destacar que a beleza física
da mulher ora é boa – associada a figura da virgem Maria – e ora é má –
associada a figura da Eva.
A
expressão vassalagem amorosa está intimamente relacionada com o contexto da
sociedade da época que era formada por senhores feudais e nobres burgueses. A
vassalagem amorosa é utilizada para explicar a condição do homem. Como a amada
é hierarquicamente superior, o trovador passa a ser o vassalo da mulher amada
(suserana).
Por
fim, a expressão da coita de amor significa sofrimento por amor, presente em
todas as cantigas de amor. A coita de amor expressa o sentimento do amor não
correspondido, um amor de longe, ou seja, um amor de almas que nunca se
materializa, é uma ficção.
Nunes
Fernandes Torneal
Ir-vos quererdes,
mia senhor,
e fiqu` end`* eu
com gran pesar, * por
isso
que nunca soube
ren* amar
* outra coisa
ergo* vós, dês
quando vos vi. *
exceto
E pois que vos
ides d`aqui,
senhor fremosa,
que farei?
E que farei eu,
pois* non vir *
depois que
o vosso mui bon
paracer?
Non poderei eu
mais viver,
se me Deus
contra vós non val* * Se
Deus não me ajuda em
Mais ar
dizede-me voz al**:
relação a vós
senhor fremosa,
que farei?
** mas dizei-me outra vez
coisas diversas
E rogu` eu a
Nostro Senhor
que, se vós vos
fordes d`aquen,
que me dê mia
morte por en*,
* por êsse motivo
ca muito me será
mester.
E se mi-a el dar
non quiser:
senhor fremosa,
que farei?
Pois me assi
força* voss-amor * oprime
e non ouso vosco
guarir*
* viver convosco
dês quando me
der vos partir
eu que non sei
al ben querer,
querria-me de
vos saber:
senhor fremosa,
que farei?
Cantiga de Amor
Lourenço e Lourival
Ao receber o convite de seu casamento
Desmoronou meu castelo de sonhos ao vento
Não pude crer que de você partiu essa maldade
Será que esqueceu que quem te mas sou eu
Meu amor é verdade
Eu lhe perdou por dizer que seu pai é o ocupado
Pois ele foi sempre contra o nosso noivado
E deu sua mão para outro no gesto apressado
Para não permitir fosse ser mais feliz ao meu lado
Sem seu amor sou o homem mais pobre da terra
Sem carinho a vida se encerra
Sem seus beijos não posso viver
O seu amor nesta vida é tudo que quero
Acredite meu bem sou sincero
Sem você sou capaz de morrer
Referências:
- <http://www.suapesquisa.com/artesliteratura/trovadorismo.htm>.
Acesso em: 09 abr. 2017.
- <http://portaldoprofessor.mec.gov.htm>.
Acesso em: 09 abr. 2017.